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O líder parlamentar do PSD traçou duras criticas a Junker e relembrou o apoio claro a Guterres por parte do PSD. O Governo mantém o silêncio.
O líder do PSD considerou esta quarta-feira que a forma como a decisão de Jean-Claude Juncker de inscrever Durão Barroso na lista de lobistas está a ser tratada não é dignificante para a União Europeia, escusando comentar o "folhetim".
"Acho que este folhetim, porque é um folhetim de que se trata, já está a ir longe de mais, não tenciono pronunciar-me mais sobre essa matéria, acho que não é dignificante sequer para a União Europeia a forma como esta matéria tem vindo a ser tratada", afirmou o presidente social-democrata, Pedro Passos Coelho, quando questionado sobre a decisão da Comissão Europeia sobre Durão Barroso.
Passos Coelho, que falava aos jornalistas no final de um encontro com o primeiro-ministro a propósito da cimeira de Bratislava, adiantou ainda que esta questão não foi abordada na reunião com António Costa, nem está neste momento "sequer na preocupação de afirmação política do PSD".
Jean-Claude Juncker anunciou que vai examinar o contrato do seu antecessor com o Goldman Sachs Internacional e deu já instruções ao seu gabinete para tratar Durão Barroso como qualquer outro lobista com ligações a Bruxelas.
Questionado ainda sobre a possibilidade de uma eventual candidatura da búlgara Kristalina Georgieva a secretária-geral das Nações Unidas e sobre o apoio público manifestado pelo chefe de gabinete do atual presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, a essa hipótese, Passos Coelho lembrou que o PSD apoia "desde a primeira hora a candidatura do engenheiro António Guterres".
"À medida que o tempo vai passando eu vejo as possibilidades de sucesso aumentarem", vincou, ressalvando, contudo, que o apoio do PSD não vincula outros partidos e que existem partidos, nomeadamente ao nível do PPE, que podem vir a adotar uma posição diferente.
Contudo, insistiu, da parte do PSD a posição tem sido clara.
"Não se trata de uma questão ideológica, não o apoiamos apenas só porque se trata de um português, achamos que é uma pessoa que tem créditos firmados e que pode ser uma aposta de qualidade para aquilo que as Nações Unidas precisam de fazer", acrescentou.
No final do encontro entre o líder do PSD e o primeiro-ministro, a secretária de Estado dos Assuntos Europeus foi também questionada sobre a polémica que envolve a contratação de Durão Barroso para a Goldman Sachs Internacional, mas respondeu apenas que o Governo não tem "nenhum comentário a fazer".
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