A estatistica é como o Biquini :- o que mostra é sugestivo :- o que esconde é vital
"Em 1640, uns bravos que não olhavam para os homens do país vizinho, positivamente como nós olhamos para as mulheres, tiveram a ideia de os despedir da sua longa visita de sessenta anos e, um dia, ao jantar, atiraram-lhes com os pratos à cara, voltaram a mesa de banquete e arremessaram-nos pelas portas e janelas.
Este facto, que pode parecer, à primeira vista, de uma indelicadeza espantosa, tem todas as cores de uma bela acção, quando se pense que os portugueses entravam no banquete para servir à mesa, de onde os haviam tirado à força.
Ora a luta pela vida é uma verdade incontestável e fatal; demais os hóspedes comiam como uns desalmados e os pobres criados limitavam-se a escorropichar os copos ou a engolir sorrateiramente alguma batata frita, no caminho da cozinha para a casa de jantar.
Isto era triste, e como a paciência tem limites, um belo dia levantaram-lhes a manjedoura, como se costuma dizer, furaram uns, esfolaram outros, e esta coisa foi chamada a Restauração de Portugal”
in A comedia portugueza: chronica semanal de costumes, casos, política, artes e letras, 1 de Dezembro de 1888 [digitalizado via Hemeroteca Municipal de Lisboa]
J.M.M.
A Hemeroteca Digital de Lisboa continua a prestar um óptimo serviço. Entre as publicações que recentemente disponibilizou, salientam-se a Alma Nova, dirigida por Mateus Moreno, com três séries diferentes (1915-1918; 1922-1925; e 1927-1929) e a que já nos tinhamos referido AQUI.
No entanto, o nosso destaque vai para A Comedia Portugueza. Revista semanal de costumes, casos, política, artes e letras, com resposáveis como Marcelino Mesquita, Julião Machado, Henrique Dias, acompanhada de uma extensa e sempre muito interessante ficha histórica, da autoria de Rita Correia.
Mais uma iniciativa de saudar que divulgamos junto dos nossos ledores.
A.A.B.M.
A RESTAURAÇÃO DE PORTUGAL
"Em 1640, uns bravos que não olhavam para os homens do país vizinho, positivamente como nós olhamos para as mulheres, tiveram a ideia de os despedir da sua longa visita de sessenta anos e, um dia, ao jantar, atiraram-lhes com os pratos à cara, voltaram a mesa de banquete e arremessaram-nos pelas portas e janelas.
Este facto, que pode parecer, à primeira vista, de uma indelicadeza espantosa, tem todas as cores de uma bela acção, quando se pense que os portugueses entravam no banquete para servir à mesa, de onde os haviam tirado à força.
Ora a luta pela vida é uma verdade incontestável e fatal; demais os hóspedes comiam como uns desalmados e os pobres criados limitavam-se a escorropichar os copos ou a engolir sorrateiramente alguma batata frita, no caminho da cozinha para a casa de jantar.
Isto era triste, e como a paciência tem limites, um belo dia levantaram-lhes a manjedoura, como se costuma dizer, furaram uns, esfolaram outros, e esta coisa foi chamada a Restauração de Portugal”
in A comedia portugueza: chronica semanal de costumes, casos, política, artes e letras, 1 de Dezembro de 1888 [digitalizado via Hemeroteca Municipal de Lisboa]
J.M.M.
A COMEDIA PORTUGUEZA NA HEMEROTECA
A Hemeroteca Digital de Lisboa continua a prestar um óptimo serviço. Entre as publicações que recentemente disponibilizou, salientam-se a Alma Nova, dirigida por Mateus Moreno, com três séries diferentes (1915-1918; 1922-1925; e 1927-1929) e a que já nos tinhamos referido AQUI.
No entanto, o nosso destaque vai para A Comedia Portugueza. Revista semanal de costumes, casos, política, artes e letras, com resposáveis como Marcelino Mesquita, Julião Machado, Henrique Dias, acompanhada de uma extensa e sempre muito interessante ficha histórica, da autoria de Rita Correia.
Mais uma iniciativa de saudar que divulgamos junto dos nossos ledores.
A.A.B.M.
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