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Maria Luís Albuquerque manteve na sua gaveta durante seis meses dois pareceres da Inspeção-Geral de Finanças relativos a relatórios trimestrais da Comissão de Auditoria da Caixa Geral de Depósitos que indicavam um agravamento das imparidades do banco público.
Maria Luís Albuquerque manteve na sua gaveta durante seis meses dois pareceres da Inspeção-Geral de Finanças relativos a relatórios trimestrais da Comissão de Auditoria da Caixa Geral de Depósitos que indicavam um agravamento das imparidades do banco público.
O jornal Público noticia hoje que os relatórios estiveram parados de março a setembro, tendo sido dado despacho apenas quinze dias antes das eleições pelo então secretário de Estado das Finanças Manuel Rodrigues, atual deputado do PSD e que o Público terá tentado contactar sem sucesso “nos últimos dias”.
Estes dados são consistentes com o relatório do Tribunal de Contas que apontava falhas de controlo da CGD no período compreendido entre 2013 e 2015, e tanto mais relevantes quanto versam sobre os trimestres imediatamente após a capitalização decidida por Vítor Gaspar em 2012 mas executada já por Maria Luís em 2013.
Os documentos chegaram ao Parlamento no âmbito da Comissão de Inquérito à CGD mas apresentam ainda assim partes rasuradas ou mesmo apagadas. Ainda assim, fica claro o aumento das imparidades apesar de não ser claro esse valor. Mesmo não se sabendo o valor, torna-se assim evidente que o Governo de Passos assistiu impávido à degradação da situação financeira do banco público.
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