x-presidente esclareceu 'som' da gravação
de 2013, denunciada por Madeira Rodrigues e desafia Ricciardi a
avançar com uma candidatura à presidência.
de 2013, denunciada por Madeira Rodrigues e desafia Ricciardi a
avançar com uma candidatura à presidência.
A campanha eleitoral do Sporting conheceu no domingo o
episódio que
promete ainda dar muito que falar: a gravação de uma
conversa entre
José Maria Ricciardi, antigo presidente do BESI e do
Haitong Bank Portugal, e Sikander Sattar, líder da KPMG.
No áudio com cerca de 12 minutos ouve-se Ricciardi, atual
membro da Comissão de Honra da lista de Bruno de Carvalho,
defender que a única solução para os leões seria a perda
da maioria do capital social da SAD e que o presidente do Sporting
deveria ter apenas um papel figurativo a nível de gestão.
episódio que
promete ainda dar muito que falar: a gravação de uma
conversa entre
José Maria Ricciardi, antigo presidente do BESI e do
Haitong Bank Portugal, e Sikander Sattar, líder da KPMG.
No áudio com cerca de 12 minutos ouve-se Ricciardi, atual
membro da Comissão de Honra da lista de Bruno de Carvalho,
defender que a única solução para os leões seria a perda
da maioria do capital social da SAD e que o presidente do Sporting
deveria ter apenas um papel figurativo a nível de gestão.
Pedro Madeira Rodrigues acusou o atual líder leonino de "andar
a vender o clube", tendo Bruno de Carvalho e Ricciardi acusado
o candidato de "calúnias", já que a referida gravação era de 2013
e da era Godinho Lopes, que não gostou do que ouviu e escreveu
uma carta aberta ao ex-administrador do BESI, que fez
chegar ao DN.
a vender o clube", tendo Bruno de Carvalho e Ricciardi acusado
o candidato de "calúnias", já que a referida gravação era de 2013
e da era Godinho Lopes, que não gostou do que ouviu e escreveu
uma carta aberta ao ex-administrador do BESI, que fez
chegar ao DN.
Eis a carta aberta de de Godinho Lopes a José Maria Ricciardi:
"Só há uma verdade
Muito pensei e hesitei antes de decidir intervir em plena
campanha
eleitoral do Sporting Clube de Portugal. E isto porque me considero
um indivíduo isento, que gosta muito do seu Clube e que
naturalmente
segue com atenção, ainda que à distância, este momento eleitoral.
Na verdade, desde cedo intuí que não me surpreenderia com o facto
de que qualquer um dos candidatos falasse de mim ou usasse
indevida ou abusivamente o meu nome. Afinal, já mesmo fora
do contexto deste processo eleitoral foram a meu respeito
proclamadas calúnias que, a seu momento e no devido local,
os tribunais, esclarecerão os Sportinguistas e o público em geral
sobre a verdade.
Posto isto, o que me levou a escrever estas palavras é, por um lado,
a revelação de uma gravação; e, por outro, a invocação do meu
nome por parte de José Maria Ricciardi num tom e numa
linguagem
que considero, no mínimo, ligeiros e abusivos.
Já muita gente irresponsável me destratou na televisão
do Sporting
e em outros meios de comunicação social. Mas sim, é
gente irresponsável
e sobre a qual não nutro qualquer respeito - tenha essa gente
o lugar que tiver no clube... Gente que se considera maior do
que o Sporting e que, por uma estrita questão de ego, acredita
estar acima do Clube. Mas essa gente simplesmente ignoro-a
e não dou resposta.
No entanto, crendo ainda ser José Maria uma pessoa de bem,
entendo deve repor a verdade em duas frentes:
- sobre a gravação, ouvi com atenção, telefonei a Sikander Sattar
(pessoa em que acredito) e fiquei sem dúvidas de remontar a 2013.
Não posso deixar de criticar veementemente a forma como se grava
uma "reunião" e se usa a mesma, como se os presentes tivessem
sabido e concordado na sua divulgação. Sobre o conteúdo,
seguramente, quem esteve presente explicará;
- no que se refere ao propalado Plano de Reestruturação, não
é natural que José Maria Ricciardi, embora não participando
nas reuniões, ignorasse que se fizeram em 2012 e nos princípios
de 2013. Embora Sportinguista dos "quatro costados", mas isso
somos todos, prejudicou e sobremaneira o Clube pelas suas atitudes
de querer controlar os candidatos. E não gostei das afirmações
que ouvi.
José Maria "empurrava" Sikandar Sattar (e este sim, deu a cara vezes
sem conta pelo Clube) para que convencesse os bancos a
ajudar o Sporting.
E também é verdade que José Maria me apoiou depois e que me
acompanhou nas reuniões do Conselho Directivo.
Mas também no seu modo de querer controlar, recordo que
Daniel Sampaio, em entrevista ao Diário de Notícias, revelou
jantares com Eduardo Barroso nos quais diz que José Maria o
incitava a ser Presidente - quando eu ainda era o Presidente. E já
fora assim em 2009, com José Eduardo Bettencourt, quando se
hesitava entre este actual administrador do Novo Banco e
Eugénio Dias Ferreira como candidatos.
Não foi assim comigo pois, quando me pediu para ir a uma
reunião, no início de 2011, convencido de que me iria condicionar,
tratei de, taxativamente, o informar de que seria candidato às eleições.
Caro José Maria, bem sabes que a Reestruturação financeira
estava pronta.
Pronta, mas não por ti nem contigo. Pronta, sim, numa reunião
final na KPMG, com os administradores dos dois bancos credores,
Millennium e BES, Sikander Sattar e comigo.
Caro José Maria, quem salvou o Sporting foram os Sportinguistas,
não algum Salvador ou milagre.
O tempo encarregar-se-á de repor a verdade e não é por tantas
vezes invocares o meu nome que o "milagre" se vai fazer.
Cumprir com os bancos no primeiro ano não foi obra de um
grande gestor, foi obrigação, para sobreviver. A partir daí
basta olhar para as contratações e o desatino total.
Agora, caro José Maria, tanta preocupação e interesse,
para mais consubstanciados ao longo de tantos anos de
intervenções na sombra, não crês que estaria na altura de
te candidatares e de, assim, demonstrares o teu amor, que
conheço, pelo Sporting Clube de Portugal? E demonstrares
que, como eu, não precisarias de te servir do Clube nem do Clube
para viver? Ou será que nunca o farás por teres a perfeita noção,
por fora claro, dos prejuízos pessoais, familiares, económicos,
empresariais e de imagem que tal decisão acarreta - como em mim
acarretou?
Sabes bem que o Sporting está acima de mim e que eu,
por ele, me tenho mantido calado. Mas quando falam de mais
de mim e me destratam de forma vil e mentirosa, não me calo.
Nem hoje, nem nunca!"
Muito pensei e hesitei antes de decidir intervir em plena
campanha
eleitoral do Sporting Clube de Portugal. E isto porque me considero
um indivíduo isento, que gosta muito do seu Clube e que
naturalmente
segue com atenção, ainda que à distância, este momento eleitoral.
Na verdade, desde cedo intuí que não me surpreenderia com o facto
de que qualquer um dos candidatos falasse de mim ou usasse
indevida ou abusivamente o meu nome. Afinal, já mesmo fora
do contexto deste processo eleitoral foram a meu respeito
proclamadas calúnias que, a seu momento e no devido local,
os tribunais, esclarecerão os Sportinguistas e o público em geral
sobre a verdade.
Posto isto, o que me levou a escrever estas palavras é, por um lado,
a revelação de uma gravação; e, por outro, a invocação do meu
nome por parte de José Maria Ricciardi num tom e numa
linguagem
que considero, no mínimo, ligeiros e abusivos.
Já muita gente irresponsável me destratou na televisão
do Sporting
e em outros meios de comunicação social. Mas sim, é
gente irresponsável
e sobre a qual não nutro qualquer respeito - tenha essa gente
o lugar que tiver no clube... Gente que se considera maior do
que o Sporting e que, por uma estrita questão de ego, acredita
estar acima do Clube. Mas essa gente simplesmente ignoro-a
e não dou resposta.
No entanto, crendo ainda ser José Maria uma pessoa de bem,
entendo deve repor a verdade em duas frentes:
- sobre a gravação, ouvi com atenção, telefonei a Sikander Sattar
(pessoa em que acredito) e fiquei sem dúvidas de remontar a 2013.
Não posso deixar de criticar veementemente a forma como se grava
uma "reunião" e se usa a mesma, como se os presentes tivessem
sabido e concordado na sua divulgação. Sobre o conteúdo,
seguramente, quem esteve presente explicará;
- no que se refere ao propalado Plano de Reestruturação, não
é natural que José Maria Ricciardi, embora não participando
nas reuniões, ignorasse que se fizeram em 2012 e nos princípios
de 2013. Embora Sportinguista dos "quatro costados", mas isso
somos todos, prejudicou e sobremaneira o Clube pelas suas atitudes
de querer controlar os candidatos. E não gostei das afirmações
que ouvi.
José Maria "empurrava" Sikandar Sattar (e este sim, deu a cara vezes
sem conta pelo Clube) para que convencesse os bancos a
ajudar o Sporting.
E também é verdade que José Maria me apoiou depois e que me
acompanhou nas reuniões do Conselho Directivo.
Mas também no seu modo de querer controlar, recordo que
Daniel Sampaio, em entrevista ao Diário de Notícias, revelou
jantares com Eduardo Barroso nos quais diz que José Maria o
incitava a ser Presidente - quando eu ainda era o Presidente. E já
fora assim em 2009, com José Eduardo Bettencourt, quando se
hesitava entre este actual administrador do Novo Banco e
Eugénio Dias Ferreira como candidatos.
Não foi assim comigo pois, quando me pediu para ir a uma
reunião, no início de 2011, convencido de que me iria condicionar,
tratei de, taxativamente, o informar de que seria candidato às eleições.
Caro José Maria, bem sabes que a Reestruturação financeira
estava pronta.
Pronta, mas não por ti nem contigo. Pronta, sim, numa reunião
final na KPMG, com os administradores dos dois bancos credores,
Millennium e BES, Sikander Sattar e comigo.
Caro José Maria, quem salvou o Sporting foram os Sportinguistas,
não algum Salvador ou milagre.
O tempo encarregar-se-á de repor a verdade e não é por tantas
vezes invocares o meu nome que o "milagre" se vai fazer.
Cumprir com os bancos no primeiro ano não foi obra de um
grande gestor, foi obrigação, para sobreviver. A partir daí
basta olhar para as contratações e o desatino total.
Agora, caro José Maria, tanta preocupação e interesse,
para mais consubstanciados ao longo de tantos anos de
intervenções na sombra, não crês que estaria na altura de
te candidatares e de, assim, demonstrares o teu amor, que
conheço, pelo Sporting Clube de Portugal? E demonstrares
que, como eu, não precisarias de te servir do Clube nem do Clube
para viver? Ou será que nunca o farás por teres a perfeita noção,
por fora claro, dos prejuízos pessoais, familiares, económicos,
empresariais e de imagem que tal decisão acarreta - como em mim
acarretou?
Sabes bem que o Sporting está acima de mim e que eu,
por ele, me tenho mantido calado. Mas quando falam de mais
de mim e me destratam de forma vil e mentirosa, não me calo.
Nem hoje, nem nunca!"
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